Notícia
INPE reúne usuários do Programa de Clima Espacial
São José dos Campos-SP, 18 de outubro de 2011
Fenômenos que ocorrem no ambiente espacial podem interferir em sistemas de distribuição de energia, de defesa nacional, aeronaves, comunicação ou navegação por satélites, entre outros. Nesta quinta-feira (20/10), em São José dos Campos (SP), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) promove workshop com usuários de seu Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE), que estuda o comportamento do Sol e seus efeitos na Terra.
O workshop é uma oportunidade de ouvir opiniões e saber das necessidades tecnológicas em várias áreas. O encontro com os usuários deve ajudar a direcionar nossas atividades futuras e nosso plano de ação de longo prazo, diz Clezio De Nardin, pesquisador do EMBRACE/INPE e presidente da comissão organizadora do evento.
Participam usuários de empresas e instituições como Embraer, Azul Linhas Aéreas, Petrobras, Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Eletrobrás, Furnas, Inmetro, Unesp e USP, entre outras.
A programação completa do Workshop do Programa de Clima Espacial do INPE com Usuários está no site www.inpe.br/climaespacial/workshop2011usuarios
EMBRACE
O Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE) avalia os fenômenos solares que afetam o meio entre o Sol e a Terra, e o espaço em torno da Terra.
Fenômenos solares são capazes de causar interferências em sistemas como o GPS, além da possibilidade de induzir correntes elétricas em transformadores de linhas de transmissão de energia e afetar a proteção de dutos para transporte de óleo e gás. Estes fenômenos são particularmente mais intensos no ambiente espacial brasileiro, devido à grande extensão territorial do país, distribuída ao norte e ao sul do equador geomagnético, à declinação geomagnética máxima e à presença da Anomalia Magnética do Atlântico Sul.
O EMBRACE oferece informação em tempo real, na internet, e realiza previsões sobre o sistema Sol-Terra para diagnósticos de seus efeitos sobre diferentes sistemas tecnológicos, em áreas como navegação e posicionamento por satélite (aeronaves, embarcações, plataformas petrolíferas, agricultura de precisão), comunicação (satélites geoestacionários, aeronaves), distribuição de energia (linhas de transmissão, dutos de distribuição de gás natural e petróleo), além dos sistemas de defesa nacional.
Por meio de estudos sobre os processos eletrodinâmicos da ionosfera equatorial e de baixas latitudes, os pesquisadores do INPE monitoram parâmetros físicos como características do Sol, do espaço interplanetário, da magnetosfera, ionosfera e da mesosfera.
As informações estão disponíveis no Portal EMBRACE: www.inpe.br/climaespacial
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